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O Brasil de tantos Brasis

O Brasil de tantos Brasis se perde na sua própria imensidão,esquecendo-se de seu passado de realeza lusitana,que ia do MONTE CABURAÍ na cidade do Uiramutã-RR até o CHUÍ cidade situada no extremo sul do Rio Grande do Sul.Suas extremidades não se limitam as questões geográficas entre o Setentrional e o Meridional,elas avançam para as políticas públicas,basta observarmos os bolsões de misérias,boa parte delas sustentadas por seus algozes no NORTE e NORDESTE,enquanto no Sul vive-se a SUÍÇA brasileira.A Amazônia,na sua essência, um laboratório a céu aberto,tem sido disputada por milhares de ONGS estrangeiras com aparentes discursos de defesa indígena, mas por trás desse cinismo o que eles querem: riquezas para socorrer a Europa em bancarrota.

sábado, 20 de outubro de 2012

Karl Marx: Heranças de uma Luta Proletária

A dicotomia Teoria VS. Prática estão presentes na vida de Karl Marx, suas idéias teve um berço nos ambientes acadêmicos, cuja essência de seu desenvolvimento expressou-se nos trabalhos de pesquisas e debates (O Capital 1867, Salário, preço e lucro 1865) assim estabelecendo sua primeira base (teoria), mas, o seu amadurecimento intelectual ocorreu longe das formalidades universitárias, inaugurando enfim, sua segunda base (prática) nas atividades de mobilização de massas cujo o resultado fora a fundação da I Internacional dos Trabalhadores em Londres, em setembro de 1864.
Karl Marx é produto de um contexto político-social do século XIX em que a EUROPA vivenciava os anos de Revolução Industrial, onde a humanidade observava a proletarização de ex-camponeses e artesãos. Historicamente o sistema manufatureiro coisificou o homem assim produzindo um ambiente de total alienação. Os trabalhadores atuavam nas fabricas 18 horas por dia. Lembre-se, não existia a Organização Internacional do Trabalho (OIT, órgão da ONU), nem tampouco uma Legislação que protegesse a classe operária. Com base nesta realidade o próprio Karl Marx iniciava um longo processo de reflexões e estudos sobre a espinha dorsal de como que esse sistema se fortaleceu: a busca por respostas fora iniciada com a questão do materialismo dialético sintetizada na idéia de que o mundo material é anterior a consciência, ao pensamento. O mundo com base na concepção do materialismo dialético não é estático, ou seja, existe um dinamismo entre os elementos que se interagem. Com base nos estudos da própria filosofia percebemos o fato de que a própria contradição é um elemento dinamizador, de grandes transformações sociais, a dialética histórica tem o papel de dialogo com o passado para entender o presente, pois numa época em que Karl Marx observava o nascimento da classe proletária, a conclusão era de que os fatos ao longo do tempo se repetiam, tendo como entendimento a continuidade da relação opressor e oprimido. Se formos observar o perfil biográfico, Karl Marx nasceu em uma família de judeus, seu pai Herschel Marx era um advogado que por conta de sua origem, foi obrigado a mudar de nome e se converter ao luteranismo. Historicamente seus descendentes nos primórdios da humanidade vivenciaram a opressão, exemplificados no Egito e na Babilônia. A idéia de se pensar na implantação do Comunismo sintetizava os anseios de igualdade sem classes, sem propriedade privada e sem estado em um contexto de uma Alemanha cujo Estado era pesado demais para uma classe operaria massacrada pelos valores mais selvagens do Capitalismo.
Depois da morte de Karl Marx o Mundo vivenciou a chamada Era dos Extremos (Eric Hobsbawn) onde gerações assistiram o inicio da primeira Revolução Operaria de outubro de 1917 na antiga Rússia dos Czares, mas, por conta dos vícios da política ditatorial de Josef Stalin o Marxismo foi reduzido a uma simples cartilha de comando de cima para baixo, lembrando enfim da obra de George Orwell (Revolução dos Bichos) em que os porcos se tornaram muito mais opressores do que os donos da fazenda. Numa sociedade Soviética uns eram mais iguais do que os outros, por conta disso os muros caíram (Berlim, 1989) e as cortinas se abriram (Moscou, 1991).
Mesmo diante do fim da mais longeva experiência socialista de 74 anos, o Socialismo precisou se reinventar. Nos diversos exemplos na América Latina, começamos a observar Cuba, cuja característica é de um Socialismo tropical, detentora de uma estética própria. Outro exemplo é a Venezuela, na sua essência, uma nação miscigenada com uma dinâmica social peculiar, fruto de uma experiência colonialista brutal, buscou uma alternativa própria de Socialismo, cujo principal personagem não é Karl Marx, e sim Simon Bolívar.

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