Hugo Chávez versus Governo estão enfermos,um sofre de câncer na pélvis,o
outro vive uma febre de inflação chegando a 19,9% seguidas de sintomas de desabastecimento alimentar etc.Do
outro lado temos uma parte da população venezuelana anestesiada pelos efeitos
do populismo travestido de Socialismo do Século XXI,ao mesmo tempo observamos a
oposição sofrendo as dores de uma realidade mascarada pelos discursos e
bravatas de seus líderes.
Desde 2011,ao estilo soviético a
doença do presidente Hugo Chávez vem sendo tratado como segredo de Estado,assim
criando um ambiente de incertezas para o país.Hoje estamos numa etapa política
gravíssima pelo fato de que no meio do pós operatório,o presidente foi
acometido de uma infecção respiratória faltando poucas semanas para a posse do
dia 10 de janeiro de 2013,ao ponto do país cancelar as festas de final de ano.Enfim
neste período Governo e Oposição criaram um campo de batalha em torno da interpretação
constitucional,pois tínhamos diante de um quadro institucional, duas figuras
fortes do Chavismo:o Vice presidente Nicolás
Maduro Moros nomeado e indicado
sucessor de Hugo
Chávez
e
o Presidente da Assembléia Nacional Diosdado
Cabello.São duas cabeças políticas diante de um Governo sem cabeça,assim
oficializado pelo Supremo Tribunal da Venezuela pelas mãos da juíza Luisa Estella Morales,ela mesmo declara:”Não
é necessário nova posse para o início do novo mandato do presidente Hugo Chávez”.Na
prática o Movimento Chavista deu um golpe branco,pois independentemente da
decisão judicial,o dia 10 de janeiro de
2013 por força constitucional é a data da posse,no entanto,a ausência de
Chávez sentida no país,exige do presidente da Assembléia Diosdado Cabello que
ele exerça a presidência do país interinamente com o objetivo de preparar novas
eleições dentro de 30 dias,infelizmente a atitude da juíza na condição de guardiã
da lei,jogou o espírito da legalidade no abismo da insegurança jurídica.Com base em uma ação
irresponsável e contaminada da juíza Luisa
Estella Morales,o país mergulha numa anarquia
institucional em que o mandato do
vice Nicolás Maduro havia terminado
na meia noite do dia 9 de janeiro de 2013 e que neste momento exerce o
mesmo cargo sem nomeação e posse do Hugo Chávez.
Temos diante de nossos olhos uma situação anormal,um vice não eleito e nem nomeado exercendo o cargo de presidente interino
sem as atribuições reais de um chefe de Governo e de Estado numa realidade
de incertezas,pois não se sabe quem está liderando a Venezuela,se Hugo Chávez ou a Burocracia Cubana por meio
de sua satelização.Há razões para
imensas preocupações,pelo fato de que existem milícias armadas formadas por fanáticos
que em nome de Chávez lutam e morrem.Cuba então receosa de perder o petróleo não pensaria duas vezes em intervir na Venezuela em um contexto de Guerra Civil.
Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência do Brasil
para Assuntos Internacionais declarou-se favorável ao adiamento da posse de
Hugo Chávez.Isso mostra a imensa cegueira política do Governo Dilma devido ao
mal da catarata ideológica.O mesmo ocorre com os presidentes: José Pepe Mujica do
Uruguai,Evo Morales da Bolívia e Daniel Ortega da Nicarágua,ambos apoiando no
dia 10 de janeiro, a ilegalidade oficializada pelo Supremo Tribunal da
Venezuela.
Os
países da América Latina junto com a ORGANIZAÇÃO
DOS ESTADOS AMERICANOS precisam pressionar o usurpador-mor Nicolás Maduro
Moros a renunciar ao Governo não empossado
entregando a presidência ao Diosdado
Cabello,ele não aceitando, o poder
Judiciário exerceria o comando do país com a finalidade de coordenar as novas
eleições,neste contexto, Nicolás
Maduro se tornaria candidato e numa eventual vitória sem fraudes,sendo então
eleito tomaria posse,deixando de ser usurpador para ser um presidente legítimo.Nestas
condições, a Venezuela estaria na sua normalidade
democrática gozando de grande respeitabilidade entre seus vizinhos.Enquanto
Cuba pautar os destinos da nação bolivariana,continuaremos numa
situação de anormalidade com um desfecho
trágico de guerra civil.
A Oposição não pode ficar desarticulada e
isolada diante de um Governo anencefálico.