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O Brasil de tantos Brasis

O Brasil de tantos Brasis se perde na sua própria imensidão,esquecendo-se de seu passado de realeza lusitana,que ia do MONTE CABURAÍ na cidade do Uiramutã-RR até o CHUÍ cidade situada no extremo sul do Rio Grande do Sul.Suas extremidades não se limitam as questões geográficas entre o Setentrional e o Meridional,elas avançam para as políticas públicas,basta observarmos os bolsões de misérias,boa parte delas sustentadas por seus algozes no NORTE e NORDESTE,enquanto no Sul vive-se a SUÍÇA brasileira.A Amazônia,na sua essência, um laboratório a céu aberto,tem sido disputada por milhares de ONGS estrangeiras com aparentes discursos de defesa indígena, mas por trás desse cinismo o que eles querem: riquezas para socorrer a Europa em bancarrota.

sábado, 17 de novembro de 2012

A Essência do Homem Cidadão


      Nos tempos remotos, minorias dominantes conheciam seus direitos, enquanto a maioria dominada conheciam seus deveres, enfim, reis, rainhas e imperadores viviam sobre o paraíso dos gastos quase que ilimitados, enquanto isso, os escravos viviam o inferno do labor quase eterno.  Era uma época em que os povos eram desprovidos de qualquer instrumento de proteção política, social e econômica, marcada por um contexto em que o chefe absoluto tinha o poder sobre a vida e a morte de povos vencidos. Nos dias atuais ainda temos povos, línguas e nações nestas condições, não conhecem os dois lados da participação humana (direitos e deveres), isso é observado em alguns países africanos, entre eles destacamos o SUDÃO (hoje dividido ao Norte e Sul) em que anos atrás havia a escravização de jovens cristãos em território muçulmano, hoje equivalente ao Sudão do Norte, ao mesmo tempo existem em outras nações africanas o uso de crianças atuando como soldados, as quais são submetidas a trabalhos escravos, como é o caso de Serra Leoa (filme: Diamante de Sangue).  A PRIMAVERA ÁRABE demonstrou ao mundo, o real desejo de liberdade com base em uma das demandas: o direito de ter direitos, pois os deveres em excesso haviam produzidos o fel político, econômico e social da maioria enfraquecida pela alienação.
      É importante obsevarmos a outra face da cidadania no aspecto do viver com dignidade. Nos dias atuais temos milhares de pessoas consideradas pela sociedade, seres invisíveis, muitas delas tem o céu como teto as sarjetas como território.Outras são identificadas por números no longo e sombrio corredores da morte de muitos países entre eles, os EUA e a CHINA.O direitos e os deveres são irmãs siamesas e que ao mesmo tempo dialogam com a dignidade humana,enfim,duas palavras presentes nas vozes que clamam  da Rua Árabe e nos rincões do mundo africano.
   No momento em que assistimos o legado histórico de uma maioria escravizada  e invisível cuja opção é apenas o dever,totalmente desprovida de dignidade humana,chegamos a observar um outro ponto fundamental para a nossa compreensão do conceito de cidadania:A liberdade de opinião.Nas ditaduras existem dois caminhos extremos,o primeiro é a venda da opinião em troca de verbas governamentais,o segundo é a resistência intelectual  diante de uma unanimidade emburrecida .A cegueira ideológica está usando todo o seu aparato repressor para destruir uma única luz de liberdade de opinião,exemplificada na atual situação da Síria de ASSAD,ao que tudo indica poderá ser assado pela oposição armada.O BRASIL assegurou uma das garantias mais importante para a existência intelectual diversa e democrática:O Estado Laico,ao contrário do Estado Teocrático e do Estado Ateu, reconhece e respeita a diversidade religiosa e o ateísmo de alguns setores da Sociedade Civil.Enfim, a liberdade de opinião torna-se importante como garantia da participação popular sem receios de mostrar sua verdadeira identidade diante da multidão e do Estado.Enquanto que no Mundo Islâmico as mulheres só mostram os olhos.
      A participação cidadã depende de um outro elemento fundamental,é o direito de ir e vir com segurança.No BRASIL, a Constituição aos poucos está sendo desrespeitada no assunto referente ao domínio do Crime Organizado em SÃO PAULO e em alguns dos outros estados,a imprensa nacional mostra todos os dias,verdadeiros atos terroristas contra a Força Policial,e atentados contra sistemas de transportes assim criando um ambiente de insegurança a população.A Insegurança Pública produz lucros exorbitantes para as empresas de carros blindados e a criação de empresas de segurança privada.Assiste-se hoje a militarização da Sociedade Civil com suas casas e garagens vigiadas a todo momento.
      O pleito eleitoral  de quem vota e de quem é votado,na sua essência, um novo capítulo para uma nação que outrora era atormentada por ditaduras,é o ápice da participação popular.A primavera Árabe produziu os primeiros resultados,a eleição de novos presidentes,entre eles destaco o Egito pós-MUBARACK em que chegou-se ao poder, a IRMANDADE MUÇULMANA,outrora, principal oposição do país.
     Mesmo que as eleições tenham sido o ápice da participação popular,no entanto,o papel da cidadania é constante no aspecto da fiscalização do poder.A atividade política não está restrito aos espaços institucionais do país,ela está presente nos debates de bairros,nas ONGS,nas cooperativas,em geral nos movimentos sociais com o objetivo do diálogo entre a Sociedade e o Governo.A Corrupção existe quando há falta de DIÁLOGO.
      Portanto,a participação ostensiva da Sociedade Civil nas diversas camadas tem a sua importância no sentido de aprofundar e aperfeiçoar o sistema Democrático,aonde o povo seja o verdadeiro protagonista de sua história.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O Pensamento Marginal na Construção Alternativa


Quando estamos indignados com o Status QUO da minoria dominante, nossa palavra de ordem certamente é “abaixo o sistema” e depois? O que fazer diante de um sistema derrubado? Temos em mãos alguma alternativa?
Podemos listar historicamente vários exemplos de mobilizações sociais cujos resultados fora a criação de modelos políticos próprios. Dentre eles, destacamos os países não-alinhados (Índia de NEHRU, Egito de NASSER e a Indonésia de SUKARNO) em um contexto de Guerra Fria em que ideologicamente o mundo era bipolar (EUA e URSS). Estas duas nações representavam visões, valores e sistemas antagônicos, mas, na prática não passavam de países imperialistas obcecados pelo poder da hegemonia e do domínio absoluto. De acordo com esta realidade, os povos que outrora haviam sofrido na II Guerra Mundial na mão dos Europeus, naquele momento precisavam construir uma nova forma de fazer política mantendo-se distancia das tutelas ideológicas.
Nos séculos XVIII e XIX assistimos o período das chamadas Revoluções Burguesas, o primeiro exemplo fora o da França em 1789 em que o rei e o seu absolutismo foram guilhotinados, enquanto que no Reino Unido, manteve-se a identidade majestosa do rei, mas, independentemente da coroa, a Revolução Industrial tornou-se um fato irreversível. No século XX boa parte das alternativas sociais econômicas e políticas foram testadas, porém, nem todas tiveram sucesso, explica-se em parte pela derrubada do Muro de Berlim em 1989 e pela abertura da cortina em 1991.
Os desafios de quem propõem alternativas ao sistema são colossais. Na América Latina, temos Cuba que ousou a construir o Socialismo no quintal dos EUA e ainda permanece de pé, mas, ao mesmo tempo, os dissidentes estão aos poucos, construindo alternativas: As Damas de Branco e o Blog da filóloga e jornalista cubana Yoani sanchez (http://www.desdecuba.com/generaciony/)  justamente para estabelecer um novo sistema equivalente a realidade global.
A idéia de Socialismo nasceu de um pensamento alternativo de questionamento a Burguesia, por sua vez a Burguesia nasceu fruto da contestação ao medievalismo e ao absolutismo.
O Socialismo desde a Comuna de Paris, a Revolução Russa de 1917 e o fim da URSS sentia a necessidade de se reinventar para sobreviver. Os 13 anos de CHAVISMO tendem a exigir de seu criador o enfrentamento dos dilemas da construção Socialista para os próximos 6 anos na Venezuela: Alternância de poder e o processo de consolidação das conquistas sociais para a posteridade política.
No entanto, as atividades alternativas não se limitam ao campo da política partidária, observamos outras formas de atuações: As organizações não-governamentais (ONGs), as cooperativas, os HIPPIES, o HIP HOP, etc.
Não poderia deixar de destacar a atuação do chamado “Ocupe o Wall Street” um movimento independente de partidos, cuja essência é o questionamento da financeirização do sistema Capitalista, obviamente que a reação governamental foi de repressão, na Espanha destacamos o Movimento dos Indignados as quais o resultado foi a derrota eleitoral de Jose Luis Rodriguez Zapatero por causa das medidas de austeridade. Na Itália Mario Monti também está com os dias contados.
No Brasil, as eleições municipais impediram pelo voto popular, a reeleição de alguns prefeitos e a ascensão de novos prefeitos, mas, dentro dos resultados eleitorais, destaco a chegada ao Poder Executivo de Macapá (Amapá) do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), ou seja, a vitoria da verdadeira esquerda no Brasil.
Portanto, assistimos em todo o mundo, varias alternativas de poder se articulando e ganhando espaço no debate político institucional.