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O Brasil de tantos Brasis

O Brasil de tantos Brasis se perde na sua própria imensidão,esquecendo-se de seu passado de realeza lusitana,que ia do MONTE CABURAÍ na cidade do Uiramutã-RR até o CHUÍ cidade situada no extremo sul do Rio Grande do Sul.Suas extremidades não se limitam as questões geográficas entre o Setentrional e o Meridional,elas avançam para as políticas públicas,basta observarmos os bolsões de misérias,boa parte delas sustentadas por seus algozes no NORTE e NORDESTE,enquanto no Sul vive-se a SUÍÇA brasileira.A Amazônia,na sua essência, um laboratório a céu aberto,tem sido disputada por milhares de ONGS estrangeiras com aparentes discursos de defesa indígena, mas por trás desse cinismo o que eles querem: riquezas para socorrer a Europa em bancarrota.

sábado, 27 de outubro de 2012

Risos e Melodias da Subversão


       Nas imensidões escuras e congeladas da política russa,o povo vivera poucos momentos de primavera: a Revolução Russa de Outubro de 1917 e a dissolução total da URSS em 1991,quando enfim os seus filhos se livram daquele pesadelo,porém,mesmo com a aparente vitória popular diante do desmonte do que fora uma ditadura de bajuladores da Burocracia,permaneceu ainda o entulho autoritário ao qual chamamos de Era Putin.
     É comum tiranias se incomodarem com o calor e brilho da subversão.A primavera aos poucos tenta chegar a Moscou,no entanto,a frente fria das velhas práticas políticas assopram no sentido contrário,no entanto neste cenário de repressões e prisões,um grupo de rock por nome de PUSSY RIOT ,surge como uma força renovadora cujo objetivo é a contestação. Uma banda eminentemente feminista,no total, são dez pessoas que participam somados a quinze assistentes.Os solos de guitarras harmonizadas com as estridentes vozes tem dado o tom de contestação ao chamado PUTINISMO.Um dos exemplos foi a apresentação ousada do grupo na Catedral Cristo Salvador em Moscou.A reação da Tirania foi imediata e cruel ao ponto de levá-las para o Campo de Trabalhos Forçados.
   A súplica musical representa milhares de vozes de russos com seus corpos almas e espíritos marcados pelo sofrimento: Mãe de Deus nos livre de Putin.Ainda há lideranças da América Latina que ainda apóiam um tirano desses:LULA,DILMA ROUSSEFF,HUGO CHÁVEZ,etc.
As integrantes da banda:Yeakaterina Samutsévich,Tolokonnikova e,Maria Alyokhina, representam a nova face da Rússia de liberdades e esperanças,ao ouvirem suas sentenças,ambas as jovens usaram como protesto: o riso,uma atitude enfim subversiva diante de um ambiente marcado pelos rostos cinzentos de homens e mulheres engravatados.
   O que fica registrado nesta simples prosa,é o fato de que a Rússia precisa ser resgatada de um passado obscuro e frio, pois esta nação continua sendo bonita por fora, mas, soviética por dentro,como dizia Arnaldo Jabor em relação aos stalinistas.Penso que os Governos de Esquerda da América Latina em especial a de HUGO CHÁVEZ,precisa cortar relações com Vladimir Putin,e junto com a juventude internacional fazer coro em favor da Primavera Global.

sábado, 20 de outubro de 2012

Karl Marx: Heranças de uma Luta Proletária

A dicotomia Teoria VS. Prática estão presentes na vida de Karl Marx, suas idéias teve um berço nos ambientes acadêmicos, cuja essência de seu desenvolvimento expressou-se nos trabalhos de pesquisas e debates (O Capital 1867, Salário, preço e lucro 1865) assim estabelecendo sua primeira base (teoria), mas, o seu amadurecimento intelectual ocorreu longe das formalidades universitárias, inaugurando enfim, sua segunda base (prática) nas atividades de mobilização de massas cujo o resultado fora a fundação da I Internacional dos Trabalhadores em Londres, em setembro de 1864.
Karl Marx é produto de um contexto político-social do século XIX em que a EUROPA vivenciava os anos de Revolução Industrial, onde a humanidade observava a proletarização de ex-camponeses e artesãos. Historicamente o sistema manufatureiro coisificou o homem assim produzindo um ambiente de total alienação. Os trabalhadores atuavam nas fabricas 18 horas por dia. Lembre-se, não existia a Organização Internacional do Trabalho (OIT, órgão da ONU), nem tampouco uma Legislação que protegesse a classe operária. Com base nesta realidade o próprio Karl Marx iniciava um longo processo de reflexões e estudos sobre a espinha dorsal de como que esse sistema se fortaleceu: a busca por respostas fora iniciada com a questão do materialismo dialético sintetizada na idéia de que o mundo material é anterior a consciência, ao pensamento. O mundo com base na concepção do materialismo dialético não é estático, ou seja, existe um dinamismo entre os elementos que se interagem. Com base nos estudos da própria filosofia percebemos o fato de que a própria contradição é um elemento dinamizador, de grandes transformações sociais, a dialética histórica tem o papel de dialogo com o passado para entender o presente, pois numa época em que Karl Marx observava o nascimento da classe proletária, a conclusão era de que os fatos ao longo do tempo se repetiam, tendo como entendimento a continuidade da relação opressor e oprimido. Se formos observar o perfil biográfico, Karl Marx nasceu em uma família de judeus, seu pai Herschel Marx era um advogado que por conta de sua origem, foi obrigado a mudar de nome e se converter ao luteranismo. Historicamente seus descendentes nos primórdios da humanidade vivenciaram a opressão, exemplificados no Egito e na Babilônia. A idéia de se pensar na implantação do Comunismo sintetizava os anseios de igualdade sem classes, sem propriedade privada e sem estado em um contexto de uma Alemanha cujo Estado era pesado demais para uma classe operaria massacrada pelos valores mais selvagens do Capitalismo.
Depois da morte de Karl Marx o Mundo vivenciou a chamada Era dos Extremos (Eric Hobsbawn) onde gerações assistiram o inicio da primeira Revolução Operaria de outubro de 1917 na antiga Rússia dos Czares, mas, por conta dos vícios da política ditatorial de Josef Stalin o Marxismo foi reduzido a uma simples cartilha de comando de cima para baixo, lembrando enfim da obra de George Orwell (Revolução dos Bichos) em que os porcos se tornaram muito mais opressores do que os donos da fazenda. Numa sociedade Soviética uns eram mais iguais do que os outros, por conta disso os muros caíram (Berlim, 1989) e as cortinas se abriram (Moscou, 1991).
Mesmo diante do fim da mais longeva experiência socialista de 74 anos, o Socialismo precisou se reinventar. Nos diversos exemplos na América Latina, começamos a observar Cuba, cuja característica é de um Socialismo tropical, detentora de uma estética própria. Outro exemplo é a Venezuela, na sua essência, uma nação miscigenada com uma dinâmica social peculiar, fruto de uma experiência colonialista brutal, buscou uma alternativa própria de Socialismo, cujo principal personagem não é Karl Marx, e sim Simon Bolívar.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A política partidária no Brasil


Uma verdadeira ilusão de ótica

         Torna-se compreensível, o fato do eleitor brasileiro votar em personalidades, diante de um sistema político carcomido, em que os partidos, com raríssimas exceções, não passam de cínicas estruturas envelhecidas pelas celeumas evocadas da ambição do STATUS QUO.
   Segundo dizia o Deputado Federal CHICO ALENCAR (PSOL-RJ),as propagandas partidárias não passam de BOTOX de FOTOSHOP com excesso de placas.Penso,que o emplacamento é uma forma de esconder a realidade,isso demonstra-se na imagem de uma autoridade  mostrando o funcionamento impecável de um METRÔ em um horário de passeio,assim evitando a imagem real das superlotações nas madrugadas e nos fins de tarde.
    Nos idos de 1946, as agremiações partidárias, tinham corpo, alma e espírito político-ideológico, o voto era o espelho da dinâmica coletiva em que se pensava um projeto de Brasil de longo prazo, tanto por parte da ESQUERDA como da DIREITA. Hoje estamos diante de uma Sociedade imediatista em que políticos elegem seus prefeitos já pensando nos próximos dois anos, do outro lado temos uma boa parte de brasileiros votando em políticos em nome de satisfações individualistas, exemplificadas no clientelismo do toma lá da cá, o Sr fulano fura a fila do remédio que eu voto no senhor e etc.
    O Brasil dos longos discursos se perde nas imensidões oceânicas de tantos papéis, perfeitamente arquitetados para o sistema não funcionar. No passado os brasileiros se acostumavam a conviver com a inflação, hoje a corrupção ocupou o lugar dela, penso que estas questões fazem parte do cotidiano. Torna-se contraditório, o Brasil ser teoricamente uma nação pluripartidária, porém, no poder, boa parte deles, renderam-se as vaidades do poder, aprendendo a andar nos tapetes vermelhos de tantos tiranos pelo mundo a fora. Infelizmente o sangue servil do brasileiro ainda persiste em beijar a mão de seu algoz oferecendo o tapete vermelho e o microfone. A ilusão de ótica política tenta convencer o cidadão de que EMPREITERAS e MONTADORAS fazem doações a uma coligação partidária em nome de um projeto de Brasil, mas, no final das contas, trata-se de um investimento em que se espera a vitória de um candidato e que naturalmente terá em troca um espaço no governo. Temos enfim a privatização da coisa pública.
   O cinismo dos poderosos torna-se cada vez mais forte, na medida em que a população entende a política como solução de suas frustrações individualistas e egocêntricas.

Brasil: Uma esfinge em constante mutação


Um país colossal, mas, suas atitudes são a de um gigante adormecido, uma nação encantadoramente miscigenada, no entanto, com imensas feridas históricas sintetizadas na relação Casa-Grande versus Senzala. Segundo o Hino Nacional, somos filhos da MÃE GENTIL, porém, sua gentileza tem alcançado apenas a elite que nos mais de 500 anos tem dominado esta nação, milhares de brasileiros têm vividos anos e séculos de ORFANDADE, basta assistir uma parte desta história por meio do filme CENTRAL DO BRASIL, em que mostra um Brasil invisível diante da indiferença do SISTEMA, cuja lógica política é o PODER, por exemplo, produzindo tantos BRASIS do monte CABURAÍ ao CHUÍ com seus imensos bolsões de misérias, o Brasil Amazônico, em especial de Roraima, em que a família JUCÁ tem mais de 50 anos de mandonismo, na fronteira com o Nordeste, temos o Maranhão da família SARNEY, que há mais de 40 anos é dona deste pedaço verde-amarelo. Em 29 de Setembro de 2012 completou-se 20 anos de impeachment do presidente COLLOR, outrora se dizia um caçador de marajás, no final das contas, um político cassado, não passou de um oligarca alagoano travestido de demagogo.
 Não houve uma mudança revolucionária no país, e sim mutações decorridas de ANOMALIAS, em especial ocorridas no GOVERNO LULA (2003-2010). O PT que outrora representava os verdadeiros anseios de um novo Brasil, tornou-se uma frustração institucional, o Lula mostrou-se pior que os próprios oligarcas usaram-se da ingenuidade popular para corromper o poder. No processo do Mensalão, temos a idéia de um governo paralelo cujo objetivo era corromper o Estado e a partir daí estabelecer um projeto de poder e não de Brasil, pois a idéia é a blindagem do STATUS QUO. Lula se dizia uma METAMORFOSE AMBULANTE. Dentro do processo político-histórico o LULISMO simplesmente modernizou o atraso segundo dizia o sociólogo Demetrio Magnoli. Lula que outrora era adversário da família SARNEY, da família COLLOR e da família JUCÁ, agora se tornaram sócios da corrupção. O PT e o Lula se vangloriaram do sucesso econômico, no entanto, o sucesso se dá pelos anos de estabilização desde a Redemocratização, independente das atuações partidárias e governamentais, o Brasil tinha por sua natureza de gigante, o potencial de crescer. O que realmente fez do Brasil uma esfinge de mutações foi à política do atraso carregado de METÁFORAS DE QUINQUILHARIAS, segundo expressão de MACHADO DE ASSIS, mestre da ironia. O PT tem a mania de tentar desconstruir a história do Brasil, uma prática de inspiração stalinista. Infelizmente o povo brasileiro tem sangue servil, endeusam seus algozes representados pelo malufismo, mensaleiros e ditadores disfarçados de democratas do norte e nordeste. O Brasil é na sua essência política uma CELEUMA, muitas vezes denunciadas no riso das CHANCHADAS CARNAVALESCAS e nas charges do Chico Caruso.