Política: Um verdadeiro balcão de negócios

Temos diante de nossos olhos muitos candidatos á prefeito em todo Brasil, com currículos invejáveis, no entanto com ausência de coragem para fazer a verdadeira mudança. Muitos intitulam-se candidatos da mudança, porém, eles não possuem capacidade e nem legitimidade para romper com o sistema, porque boa parte deles são financiados por grandes empreiteiras e montadoras. Portanto não podemos esperar deles a verdadeira mudança, apenas remendos da velha ordem política instalada desde os tempos coloniais do Brasil.
Mesmo o Brasil sendo uma República, na prática vivenciamos velhos vícios, por isso mesmo nossa República já nascera velha (1898-1930). Nosso país é peculiar nos fatos históricos, demos o grito de Independência, mas até hoje ouvimos os gritos do trabalho escravo, do analfabetismo, da marginalidade e dos sem tetos e sem terras, proclamamos a República, porém, na prática a minoria construiu a Privada-pública, dando a ela várias interpretações. Enfim foi elaborada toda uma estrutura para não funcionar, pelo contrário, apenas para atender á um só objetivo "manter Status quo" de uma elite de mais de quinhentos anos.
É evidente que o tema da corrupção esteja nos vários programas eleitorais de cada cidade do Brasil, quem realmente tem ética e moral não precisa fazer marketing dela, não somos ingênuos de imaginar de que a corrupção vai acabar completamente, pois é um problema global, mas não significa de que devemos ser omissos com a prática corrupta. Devemos ter em mente que esta enfermidade política só existe através da relação entre o eleitor e o eleito, entre o político e a sociedade civil, muitos vendem seus votos para atender necessidades individuais, outros vendem suas opiniões para viverem de verbas governamentais, etc. A despotilização das massas enfraquecem o verdadeiro sentido da Democracia, assim destruindo o sentimento participativo da verdadeira soberania do país sintetizada na essência popular.
Se queremos construir uma nação forte, precisamos eliminar todas as algemas que representem a impossibilidade de exercermos nossa livre opinião, combinada com ações de cidadania.